PELO ALENTEJO ATÉ MÉRTOLA

Nada melhor que o aniversário do meu querido marido para oferecer-lhe o carro dos seus sonhos.

Foram anos, meses, semanas, dias e horas a sonhar com o Aston Martin, enquanto eu, sonhava em ver a felicidade no rosto dele, no dia em que finalmente pudesse realizar-lhe esse desejo.
Onde ir experimenta-lo? O extenso e lindo Alentejo pareceu-nos uma boa escolha e foi na realidade.

Alentejo de extensas planícies floridas, de contrastes, excelente gastronomia, de gente simpática e acolhedora.

Saímos de casa pela manhã em direcção à A2 até à saída de Mértola, depois entre montes e vales percorremos o caminho até à Aldeia de Corvos onde paramos para o almoço no Restaurante a Paragem Veja Aqui  aí pudemos degustar uma deliciosa comida Alentejana servida por funcionários atenciosos e muito profissionais.
O dia estava ventoso e um casal que saía interpelou-nos dizendo:
- Está um vento marafado como dizemos por aqui.
Respondemos ao comentário e falámos da nossa viagem e como aquele era um lugar quase desconhecido para nós. Os senhores logo se prontificaram a recomendar o que visitar na zona.
Terminado o almoço dirigimo-nos para as minas de São Domingos onde captamos algumas imagens.

Depois de uma breve paragem na praia fluvial e de algumas fotografias seguimos viagem até ao Pulo do Lobo local que passando por perto não deve deixar de visitar.

Na Aldeia de Amendoeira da Serra seguimos as indicações até ao Pulo do Lobo. À chegada deparámo-nos com um portão fechado que dá acesso à Herdade de Pulo do Lobo, então e agora? Saímos do carro quando um outro carro vindo do interior parou para abrir o portão e nos informou que podíamos entrar, mas deveríamos fechar o portão. Assim fizemos, dai até ao Pulo do Lobo a estrada é de terra batida, mas vale bem a pena fazer esse percurso porque lá chegado a paisagem é espetacular, a queda de água por entre rochas apertadas que segundo reza a lenda até um lobo podia saltar de uma margem para a outra.

CABO VERDE / ILHA DO SAL

A Ilha do Sal é a ilha mais árida de todo o arquipélago cabo-verdiano. As suas paisagens, desprovidas de vegetação, lembram-nos que estamos na mesma latitude do deserto do Sara.

As paradisíacas praias que rodeiam a ilha e o excelente peixe que os pescadores locais capturam diariamente lembram-nos a relação que a ilha mantém com o oceano.

Não existem grandes aglomerações de gente o que faz da Ilha do Sal o lugar de eleição para quem busca paz, tranquilidade e dias de sol. 

 Vou leva-los comigo a conhecer o que de interessante tem a ilha e nesta primeira abordagem rumamos até às Salinas de Pedra Lume.

 Situadas na cratera de um antigo vulcão, onde é possível tomar um banho relaxante (e considerado rejuvenescedor pelos nativos) e flutuar numa água 26 vezes mais salgada que a do mar, é imprescindível passar algum tempo nas salinas de Pedra de Lume, que deram nome à ilha.

 Quando o sal nos olhos e na boca começa a incomodar é hora de sair mas, não sem ver, ao longo do caminho, as rudimentares estruturas de madeira, que serviram, no passado, para o transporte do sal.

PRAIA DA AMÁLIA

Amália parou o carro no Brejão pela primeira vez, no início dos anos 60, de lenço e óculos escuros num descapotável verde e prateado conduzido por um motorista. “Já não saio mais daqui”, terá dito na altura Amália Rodrigues ao marido. E não saiu. Assim reza a história que vai circulando de boca em boca.

Quando avistou um terreno junto ao mar a rainha do fado contactou o proprietário para comprar o terreno, onde veio a construir a sua casa de férias e uns degraus para uma praia

 - a praia da Seiceira que acabou por ficar conhecida, inicialmente, como Praia dos Malmequeres pois era um grande malmequer amarelo que sinalizava o local para os amigos que aí a visitavam e, actualmente, como praia da Amália que deve o seu nome à grande rainha do fado Amália Rodrigues.

Proprietária da casa junto à praia, era aqui neste lugar paradisíaco que a fadista passava as suas férias, longe da confusão e das luzes da ribalta.

A nossa viagem de descoberta a este paraíso começa quando um casal que jantava ao nosso lado num restaurante em Vila Nova de Milfontes nos falou dela. O “sinal” para chegar lá era um enorme malmequer amarelo junto à estrada. Percebemos que estaríamos a chegar antes mesmo de avistá-lo. Três casinhas pintadas de amarelo com retratos da grande Senhora e malmequeres, anunciava que estaríamos muito perto.

Uns metros adiante, encontramos a tal placa com o malmequer e subsequentemente a casa que fora da grande fadista. A casa, é agora um alojamento turístico.

Estacionamos o carro e embarcamos numa caminhada fantástica onde se respira natureza.

Vamos mostrar-lhe um segredo guardado durante anos



A aventura para chegar à praia da Amália é fascinante.

O percurso não é fácil e o acesso fica escondido, mas depois de alguns metros entre arbustos, pó, lama e pedras ficamos fascinados com a vista e com a beleza da praia.

Vale muito a pena fazer o trilho por entre vegetação e um pequeno riacho a correr ao lado, quando finalmente chegamos à falésia descobrimos um paraíso escondido. 

Apesar do difícil acesso por caminhos reinventados, vale bem a pena. Por entre um corredor de vegetação natural, por túneis de canaviais, percorremos um trilho acompanhados de um riacho de água doce. 

 O conjugar dos sons da água a correr, dos pássaros, os aromas das diversas ervas transmite-nos uma enorme serenidade. No final do trilho avistamos finalmente o oceano. A vista é maravilhosa.

 

Um pedaço de céu e de mar, os raios de sol e a cascata de água doce que dá um encanto ainda maior ao lugar calmo e romântico de uma beleza natural indescritível. 

O PARAÍSO NA TERRA!